Suspeito de tráfico de animais, Pedro Henrique Krambeck, picado por naja, é preso em Brasília
O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, que foi picado por uma cobra naja em Brasília, foi preso na manhã desta quarta-feira (29), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O rapaz é suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais. Krambeck foi preso em sua residência, na região administrativa do Guará, cidade-satélite de Brasília.
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Segundo a PCDF, a 1ª Vara Criminal do Gama, responsável pelo caso, decretou a prisão temporária porque há indícios de que o estudante estivesse destruindo provas relacionadas aos crimes em apuração.
A prisão de Krambeck, que é temporária, faz parte da quarta fase da operação Snake, como informou a Polícia Civil. O amigo do estudante que teria ocultado as cobras também foi preso temporariamente, na terceira fase da operação.

Ainda de acordo com informações da PCDF, o jovem é suspeito de integrar um esquema de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras. Os investigadores também acreditam que Krambeck, junto a outros colegas da faculdade, produzia soro antiofídico ilegalmente.
Um perito médico-legista acompanhou os policiais para verificar as condições de saúde de Krambeck, diante de informações de que ele ainda estaria debilitado.
Relembre o caso

Pedro Henrique Krambeck ficou hospitalizado por mais de uma semana após ser picado por um cobra naja que criava em sua residência. Ele chegou a entrar em coma após o incidente. Como a naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada, que precisou ser enviada para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo.
Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 78 mil em multas para a família dele. (Com informações da ascom da PCDF)